terça-feira, 18 de junho de 2013

Ato com 50 mil participantes ocupa região central de SP; grupo tenta invadir prefeitura

Do UOL, em São Paulo

18/06/201317h58 > Atualizada 18/06/201319h23

  • Manifestantes tentam invadir a sede da Prefeitura de São Paulo, no centro da cidade, na tarde desta terça

    Manifestantes tentam invadir a sede da Prefeitura de São Paulo, no centro da cidade, na tarde desta terça

Cerca de 50 mil manifestantes --segundo medição do Datafolha-- voltaram às ruas da capital paulista para participar do sexto grande ato contra o aumento da tarifa de ônibus, realizado na região central de São Paulo, na noite desta terça-feira-feira (18). A estimativa da PM era que, às 18h30, ao menos 10.000 pessoas participavam do ato. Por volta das 18h45, um pequeno grupo tentou invadir a sede da Prefeitura de São Paulo, que fica no viaduto do Chá, mas a GCM (Guarda Civil Metropolitana) o impediu.

DIRETO DA REDAÇÃO

As grades de proteção do local foram retiradas pelos manifestantes, que se aproximaram do cordão de isolamento da GCM. Objetos foram atirados contra os agentes, que só reagiram com gás de pimenta e bombas de efeito moral quando o grupo se aproximou da entrada principal. Cinco portas de vidro foram depredadas durante a ação.

A Guarda Civil Metropolitana, que estava na portaria da prefeitura, se transferiu para dentro do prédio. As grades que protegem a portaria foram levantadas e impedem a invasão do grupo. Os próprios manifestantes recolocaram as grades de proteção no lugar e gritavam para que o grupo menor que tenta invadir a prefeitura parasse.

Na frente da prefeitura, os manifestantes pediam que o prefeito Fernando Haddad (PT) descesse para conversar. No local, alguns chegaram até queimar um boneco com a foto de Haddad. Uma bandeira de São Paulo foi retirada do mastro e o grupo tentou atear fogo nela. 

O movimento, que se concentrou na praça da Sé, se dividiu em dois grupos: um seguiu para a frente da Prefeitura de São Paulo e o outro passou pelo Terminal Parque Dom Pedro 2º em direção à avenida do Estado para chegar à marginal Tietê. Às 19h, os participantes que seguiam em direção a zona leste decidiram mudar o trajeto e voltar para a sede da prefeitura, onde o clima era de tensão. E, por volta das 19h22, os manifestantes estavam todos juntos novamente.

Ao passar pelo largo São Francisco, também no centro, a manifestação recebeu o apoio de motoristas de ônibus que começaram a buzinar. Um dos condutores afirmou à repórter Janaina Garcia: "A manifestação está certa. A tarifa aumenta, mas nosso salário não". "Ô motorista, ô cobrador, o seu salário também não aumentou", gritavam os participantes.

No início do ato, foi registrada uma pequena confusão entre manifestantes que estavam carregando bandeiras de partidos e aqueles contrários à "partidarização" do ato. Duas pessoas com bandeira do PCR (Partido Comunista Revolucionário), foram vaiadas por cerca de cinquenta pessoas e alguns manifestantes tentaram tirar a bandeira de suas mãos

Haddad se comprometeu a examinar a planilha de custos de transporte do município para "refletir no que poderia cortar de serviços para viabilizar a redução da tarifa". Ele, no entanto, não revogou o aumento durante a reunião do Conselho da Cidade, que foi praticamente unânime ao pedir a suspensão do novo valor de R$ 3,20.

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